Diversidade é um tema que ganhou destaque nos últimos anos, mas é uma pauta bastante conhecida pelo engenheiro de software responsável pela lendária rede social orkut.com. Nascido na Turquia, Orkut Buyukkokten passou parte da sua infância na Alemanha e por conta da carreira e dos estudos se estabeleceu nos Estados Unidos.

De experiência de vida à propósito, a diversidade virou um tema importante para o CEO da Hello Network, rede social que aproxima as pessoas por paixões em comum. Com o objetivo de compartilhar um pouco da experiência adquirida no Vale do Silício, Buyukkokten separou 5 reflexões sobre diversidade para as empresas brasileiras:

Não é lacre. É lucro!

As empresas mais diversas também são as mais bem sucedidas. Empresas mais diversificadas fazem um trabalho melhor pensando fora da caixa e são mais inovadoras. O estudo Getting to Equal 2019, em tradução livre, Rumo à Inclusão aponta que 85% das companhias que têm cultura voltada à igualdade e diversidade não tem medo de errar para inovar. Empresas como Google, Apple ou Ali Baba, por exemplo, promovem a diversidade ao contratar pessoas de diferentes gêneros, raças, idades, orientações sexuais, religiões, educação. Fazemos a mesma coisa no hello, porque, para mim, a diversidade é o motor da invenção. É o que gera essa criatividade empolgante que enriquece o mundo.

Diversidade não é só contratar, mas também aceitar

Para uma empresa ser voltada à diversidade ela precisa não só promover a inclusão em números, ou seja, em quantas pessoas de grupos minoritários são contratadas, mas também através de ações. É preciso criar um ambiente de trabalho seguro, acolhedor, uma política de promoções que promove equidade de raça, gênero e orientação sexual, mostrar aos colaboradores que a empresa respeita suas opiniões, experiências e crenças e por fim, colocar-se no lugar de ouvinte e entender quais mudanças precisam ser feitas na cultura organizacional para promover de fato a diversidade.

Produtos e serviços também influenciam a maneira que a sociedade enxerga a diversidade

Quando se cria um produto ou um serviço, a empresa está pensando em qual problema do consumidor ele quer solucionar, certo? É preciso pensar também se estes produtos e serviços são inclusivos ou incentivam as pessoas a serem mais homogêneas. Quando olhamos para as redes sociais, por exemplo, temos a impressão de que as pessoas estão agindo todas iguais. Muitas pessoas passam a seguir o rebanho em troca de curtidas, fingindo ser o que são e não apenas para se encaixar. Ser elas mesmas já se tornou o maior medo de muitos usuários, principalmente daqueles que temem a rejeição e desaprovação dos outros. Então, eles começam a se preocupar em ser diferentes, porque pode fazer com que se sintam como se eles não pertencessem. Os algoritmos não promovem a diversidade.

As interações presenciais são muito valiosas

A pandemia nos empurrou para um cenário de isolamento social e distanciamento das relações de trabalho. Muitos me perguntam se o home office é o futuro do modelo de trabalho e eu acredito que o futuro é um desconhecido complexo. Então, como nos preparamos para um mundo de complexidade desconhecida? Construímos com base em nossas diferenças. Não devemos alienar o que parece diferente, mas sim aproximar as pessoas. Cada pessoa é um microuniverso. Quando nos encontramos, devemos explorar os universos uns dos outros e celebrar nossas diferenças. Devemos tentar encontrar todas as pequenas coisas que nos tornam especiais e únicos. Enquanto não podemos nos encontrar pessoalmente marcamos um happy hour online para compartilhar bons drinks, histórias e experiências.

Buscar diversidade é se abrir para novos talentos

Não existe uma pergunta mais difícil de responder do que a “quem é você?”. Muito além das respostas binárias, o que realmente nos torna quem somos agora são as múltiplas experiências que tivemos ao longo da vida. Quando uma empresa busca um profissional, ela contrata todas as habilidades descritas em um currículo, mas também toda a bagagem, história e trajetória que o levou até o cargo atual. Não somos seres binários. Na verdade, somos todos multifacetados, como um diamante brilhante.

Ao longo da minha história e trajetória profissional aprendi que ser minoria é ótimo, porque você se torna único e especial. Portanto, a diferença é uma força, não uma fraqueza. Se bem explorada pode trazer benefícios sociais e nos negócios para a empresa que investir.

*Orkut Buyukkokten é o engenheiro fundador da primeira rede social que engajou brasileiros, o orkut.com, e CEO da Hello Network, www.hello.com

(Fonte: Revista Cipa)

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