Foram reunidas d\u00favidas comuns entre os brasileiros que j\u00e1 receberam ao menos uma dose das vacinas contra a Covid e com a ajuda de especialistas, esclarecemos os principais pontos desta nova etapa do enfrentamento da pandemia.<\/p>\n\n\n\n
Abaixo, veja as 14 perguntas sobre a vacina\u00e7\u00e3o e a vida p\u00f3s-imuniza\u00e7\u00e3o:<\/strong><\/p>\n\n\n\n No atual cen\u00e1rio do Brasil,\u00a0os cuidados precisam continuar e nada deve mudar.\u00a0O comportamento deve ser o mesmo, vacinado ou n\u00e3o. O pa\u00eds segue batendo recordes e a\u00a0m\u00e9dia m\u00f3vel de mortes nos \u00faltimos 7 dias bateu um novo recorde<\/a>. Mesmo ap\u00f3s tomar as duas doses (a imuniza\u00e7\u00e3o completa), a pessoa vacinada deve continuar usando m\u00e1scaras, deve evitar aglomera\u00e7\u00f5es e manter a higiene das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n “Nesse momento de alt\u00edssima circula\u00e7\u00e3o do v\u00edrus, a recomenda\u00e7\u00e3o \u00e9 n\u00e3o mudar o comportamento”, alerta Renato Kfouri, infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imuniza\u00e7\u00f5es (SBIm). Ele explica que a pessoa vacinada est\u00e1 individualmente protegida da forma grave da Covid-19.<\/p>\n\n\n\n Entretanto, os estudos ainda n\u00e3o apontaram se as vacinas tamb\u00e9m conseguem interromper a transmiss\u00e3o do v\u00edrus, como explicou a vice-diretora da OMS, Mari\u00e2ngela Sim\u00e3o. “As vacinas que temos dispon\u00edveis n\u00e3o comprovaram serem eficazes para a transmiss\u00e3o da doen\u00e7a. Elas s\u00e3o eficazes para evitar que a doen\u00e7a progrida para casos graves”.<\/p>\n\n\n\n N\u00e3o pode. \u201cA vacina\u00e7\u00e3o feita nos pais n\u00e3o d\u00e1 100% de prote\u00e7\u00e3o e estamos em um momento de grande circula\u00e7\u00e3o do v\u00edrus. Ainda n\u00e3o temos a garantia que as pessoas vacinadas est\u00e3o absolutamente protegidas\u201d, orienta Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).<\/p>\n\n\n\n A m\u00e1scara\u00a0continua sendo item obrigat\u00f3rio, assim como o distanciamento social, higiene das m\u00e3os e ambientes ventilados. “O fato de estar vacinado\u00a0n\u00e3o \u00e9 passaporte para a imunidade. Para encontrar algu\u00e9m [mesmo vacinado] \u00e9 preciso continuar mantendo os cuidados m\u00ednimos. E claro, se algu\u00e9m estiver doente, o encontro n\u00e3o deve acontecer”, alerta a infectologista do Hospital Em\u00edlio Ribas, Rosana Richtmann.<\/p>\n\n\n\n Para o Brasil, ainda n\u00e3o h\u00e1 nenhuma orienta\u00e7\u00e3o do tipo, e especialistas recomendam seguir usando a m\u00e1scara mesmo nesses casos.<\/p>\n\n\n\n Em mar\u00e7o, o Centro de Controle e Preven\u00e7\u00e3o de Doen\u00e7as (CDC), \u00f3rg\u00e3o de sa\u00fade dos Estados Unidos, soltou uma recomenda\u00e7\u00e3o para quem est\u00e1 completamente imunizado (com as duas doses). Essas pessoas que completaram todo o ciclo\u00a0podem, segundo o \u00f3rg\u00e3o norte-americano, se reunir com outras pessoas na mesma situa\u00e7\u00e3o sem usar m\u00e1scaras ou manter o distanciamento social<\/a>.<\/p>\n\n\n\n A infectologista da Unicamp Raquel Stucchi explica que a realidade no Brasil \u00e9 outra, a come\u00e7ar pelas vacinas utilizadas nas campanhas, que tem n\u00edveis de efic\u00e1cia diferentes das usadas nos EUA. Al\u00e9m disso, a circula\u00e7\u00e3o do coronav\u00edrus segue acelerada no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n “Os EUA est\u00e3o aplicando vacinas que t\u00eam mais de 90% de efic\u00e1cia. N\u00e3o d\u00e1 para comparar. Talvez a gente possa realmente voltar a ter um encontro entre vacinados sem m\u00e1scara quando conseguirmos\u00a0diminuir muito a circula\u00e7\u00e3o do v\u00edrus entre n\u00f3s. E a expectativa \u00e9 que isso aconte\u00e7a quando a gente tiver\u00a070%, no m\u00ednimo, da popula\u00e7\u00e3o vacinada”.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n N\u00e3o. A OMS j\u00e1 alertou que\u00a0a vacina n\u00e3o \u00e9 a \u00fanica ferramenta contra o coronav\u00edrus<\/a>. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, refor\u00e7ou que apenas a vacina\u00e7\u00e3o n\u00e3o ser\u00e1 capaz de conter a pandemia. Por isso, manter as medidas sanit\u00e1rias individuais e coletivas \u00e9 essencial.<\/p>\n\n\n\n “N\u00e3o se engane, as vacinas s\u00e3o uma ferramenta vital e poderosa, mas n\u00e3o s\u00e3o a \u00fanica ferramenta. (…) vamos continuar dizendo isso.\u00a0O distanciamento f\u00edsico funciona. M\u00e1scaras funcionam. A higiene das m\u00e3os funciona. Ventila\u00e7\u00e3o funciona.\u00a0Vigil\u00e2ncia, teste, rastreamento de contato, isolamento, quarentena de apoio e cuidado compassivo – todos trabalham para impedir novas infec\u00e7\u00f5es e salvar vidas”, disse o diretor-geral.<\/p>\n\n\n\n Sim. Especialistas dizem que os dados\u00a0indicam que a vacina deve ser aplicada em que j\u00e1 teve a doen\u00e7a<\/a>. A vacina pode oferecer uma imunidade mais duradoura e trazer mais benef\u00edcios em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 nossa imunidade natural.<\/p>\n\n\n\n Em fevereiro, a OMS divulgou novas diretrizes sobre a vacina\u00e7\u00e3o para quem teve ou est\u00e1 com a doen\u00e7a<\/a>. No texto, a entidade refor\u00e7ou que pessoas com teste positivo para Covid devem esperar a recupera\u00e7\u00e3o da “fase aguda da doen\u00e7a e a suspens\u00e3o do isolamento” (leia mais no item12<\/strong>).<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, quem estiver infectado pode adiar a vacina\u00e7\u00e3o por 6 meses. A entidade diz que, quando mais dados estiverem dispon\u00edveis sobre a dura\u00e7\u00e3o da imunidade depois da infec\u00e7\u00e3o natural, a dura\u00e7\u00e3o do adiamento pode ser revisada.<\/p>\n\n\n\n As desenvolvedoras de vacinas seguem estudando o comportamento dos imunizantes frente \u00e0s novas variantes que est\u00e3o surgindo. Um estudo feito com mais de 67 mil profissionais de sa\u00fade de Manaus apontou que a vacina CoronaVac tem 50% de efic\u00e1cia contra a variante brasileira P.1<\/a>. O Instituto Butantan j\u00e1 havia dito que o imunizante \u00e9 eficaz contra as tr\u00eas variantes do coronav\u00edrus em circula\u00e7\u00e3o no pa\u00eds<\/a> – brit\u00e2nica, brasileira e sul-africana.<\/p>\n\n\n\n Estudos tamb\u00e9m apontam que a vacina de Oxford \u00e9\u00a0eficaz contra as variantes brasileira<\/a>\u00a0e\u00a0brit\u00e2nica<\/a>.<\/p>\n\n\n\n Pfizer e BioNTech anunciaram que a vacina que desenvolveram contra a Covid-19 conseguiu evitar todos os casos sintom\u00e1ticos da doen\u00e7a causados pela variante sul-africana do coronav\u00edrus, a B.1.351<\/a>. O imunizante tamb\u00e9m se mostrou eficaz contra as variantes do Reino Unido e Brasil.<\/a><\/p>\n\n\n\n A vacina da Moderna conseguiu combater variantes da \u00c1frica do Sul e do Reino Unido;<\/a> mesmo assim, uma terceira dose da vacina ser\u00e1 testada como refor\u00e7o contra as variantes, e, ainda, uma nova candidata para dose de refor\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n A Johnson tamb\u00e9m anunciou que sua vacina teve\u00a057% de efic\u00e1cia contra a variante da \u00c1frica do Sul<\/a>, um dos pa\u00edses onde foi testada.<\/p>\n\n\n\n Cada imunizante tem um tempo diferente de intervalo. No Brasil, as duas vacinas aplicadas s\u00e3o a CoronaVac e a Oxford. Para a CoronaVac, o intervalo ideal \u00e9 de 28 dias entre as doses. J\u00e1 a vacina de Oxford permite um espa\u00e7amento maior, de tr\u00eas meses.<\/p>\n\n\n\n Mesmo ap\u00f3s as duas doses da vacina, nosso organismo n\u00e3o gera uma resposta imune imediata, explica o infectologista Jose Geraldo Leite Ribeiro, vice-presidente regional da Sociedade Brasileira de Imuniza\u00e7\u00f5es (SBIm).<\/p>\n\n\n\n \u201cA prote\u00e7\u00e3o se d\u00e1 um tempo ap\u00f3s a aplica\u00e7\u00e3o da segunda dose, e esse tempo varia de acordo com cada vacina. Na maioria delas, a imunidade acontece a partir de dez ou vinte dias ap\u00f3s a segunda dose\u201d, afirma.<\/p>\n\n\n\n “Se uma pessoa que tomou a vacina se infectar antes desse tempo, n\u00e3o quer dizer que a vacina falhou,\u00a0mas que n\u00e3o deu tempo do sistema imunol\u00f3gico criar a resposta imune”, explica o infectologista Renato Kfouri, presidente do departamento de imuniza\u00e7\u00f5es da Sociedade Brasileira de Pediatria.<\/p>\n\n\n\n N\u00e3o. Em mar\u00e7o, a Sociedade Brasileira de Imuniza\u00e7\u00f5es (SBIm) soltou uma nota N\u00c3O <\/strong>recomendando a realiza\u00e7\u00e3o de sorologia para avaliar resposta imunol\u00f3gica \u00e0s vacinas. Segundo a entidade, os resultados destes testes “n\u00e3o traduzem a situa\u00e7\u00e3o individual de prote\u00e7\u00e3o”.<\/p>\n\n\n\n “Os estudos de avalia\u00e7\u00e3o de efic\u00e1cia vacinal baseados em testes sorol\u00f3gicos t\u00eam demonstrado grandes varia\u00e7\u00f5es em diferentes cen\u00e1rios epidemiol\u00f3gicos frente \u00e0s diferentes vacinas, complicando ainda mais a interpreta\u00e7\u00e3o dos resultados de mensura\u00e7\u00e3o de anticorpos neutralizantes […]. Sabemos que a resposta imune desenvolvida pela vacina\u00e7\u00e3o n\u00e3o depende apenas de anticorpos neutralizantes”, alerta a SBIm.<\/p>\n\n\n\n N\u00e3o. O governo federal recomenda que as pessoas que fazem parte do grupo priorit\u00e1rio tomem primeiro a vacina contra a Covid-19 e depois a\u00a0vacina contra a gripe<\/a>.\u00a0A recomenda\u00e7\u00e3o \u00e9 que haja um intervalo m\u00ednimo de 15 dias entre a aplica\u00e7\u00e3o das duas vacinas.<\/p>\n\n\n\n \u00c9 poss\u00edvel. As vacinas dispon\u00edveis s\u00e3o eficazes na preven\u00e7\u00e3o da forma grave da Covid-19, mas ainda n\u00e3o se sabe se elas protegem contra a transmiss\u00e3o. Mesmo que a pessoa vacinada n\u00e3o adoe\u00e7a, ela ainda pode ser infectada sem apresentar sintomas e contaminar outros indiv\u00edduos. Por isso, a recomenda\u00e7\u00e3o p\u00f3s-vacina\u00e7\u00e3o segue sendo a mesma: continuar com todas as outras medidas n\u00e3o farmacol\u00f3gicas, como m\u00e1scaras, distanciamento social e lavagem das m\u00e3os.<\/p>\n\n\n\n As empresas respons\u00e1veis pelas vacinas seguem fazendo testes para analisar a efic\u00e1cia na preven\u00e7\u00e3o da doen\u00e7a. Um estudo publicado em fevereiro, por exemplo, diz que a vacina de Oxford pode ter capacidade de reduzir em at\u00e9 67,6% a transmiss\u00e3o do novo coronav\u00edrus<\/a>.<\/p>\n\n\n\n Um outro estudo, feito com a vacina da Pfizer\/BioNTech, concluiu que o imunizante\u00a0reduziu em 75% a transmiss\u00e3o do coronav\u00edrus<\/a>\u00a0menos de um m\u00eas ap\u00f3s a aplica\u00e7\u00e3o da primeira dose.<\/p>\n\n\n\n Quem tem teste PCR positivo n\u00e3o deve ser vacinado, segundo a OMS. O teste PCR \u00e9 aquele que coleta material com um cotonete e realiza a an\u00e1lise em laborat\u00f3rio para identificar se h\u00e1 presen\u00e7a de v\u00edrus ativo no organismo. Quem n\u00e3o tem sintomas ou um resultado PCR negativo deve tomar a vacina normalmente.<\/p>\n\n\n\n “Possivelmente vamos vacinar muitas pessoas assintom\u00e1ticas. Agora, se voc\u00ea tem o diagn\u00f3stico de Covid ou PCR positivo mesmo assintom\u00e1tico, a recomenda\u00e7\u00e3o \u00e9 esperar quatro semanas, 28 ou 30 dias para ser vacinado”, explica o infectologista Renato Kfouri.<\/p>\n\n\n\n N\u00e3o h\u00e1 autoriza\u00e7\u00e3o no Brasil para vacinar crian\u00e7as. No entanto, ao menos\u00a0quatro laborat\u00f3rios j\u00e1 come\u00e7aram os testes de suas vacinas em crian\u00e7as e adolescentes: Pfizer\/BioNTech, Sinovac Biotech (CoronaVac), Oxford\/AstraZeneca e Moderna.<\/p>\n\n\n\n A Pfizer anunciou no final de mar\u00e7o que o imunizante demonstrou efic\u00e1cia de 100% nos adolescentes com idades entre 12 e 15 anos<\/a>. As farmac\u00eauticas tamb\u00e9m come\u00e7aram os estudos em crian\u00e7as de 6 meses a 11 anos.<\/p>\n\n\n\n No come\u00e7o de fevereiro, a Universidade de Oxford anunciou o in\u00edcio dos estudos de fase 2 da vacina ChAdOx1 nCoV-19 em crian\u00e7as e adolescentes<\/a>. Em mar\u00e7o, a presidente da Fiocruz<\/a> (parceira da Oxford no Brasil), N\u00edsia Trindade, afirmou que a institui\u00e7\u00e3o apresentar\u00e1 pedido \u00e0 Anvisa<\/a> para realiza\u00e7\u00e3o de estudo da vacina de Oxford\/AstraZeneca<\/a> contra a Covid-19 em crian\u00e7as.<\/p>\n\n\n\n A farmac\u00eautica chinesa Sinovac Biotech, que desenvolve a CoronaVac em parceria com o\u00a0Instituto Butantan<\/a>\u00a0(SP), afirmou que a vacina se mostrou\u00a0segura e produziu anticorpos em crian\u00e7as<\/a>. Os resultados s\u00e3o de estudos preliminares e n\u00e3o foram publicados em nenhuma revista cient\u00edfica.<\/p>\n\n\n\n A farmac\u00eautica americana Moderna come\u00e7ou em\u00a0mar\u00e7o os testes cl\u00ednicos de sua vacina contra a Covid-19 em crian\u00e7as<\/a>. Os ensaios acontecem nos EUA e Canad\u00e1 com mais de 6,7 mil crian\u00e7as com idades entre os seis meses e 12 anos.<\/p>\n\n\n\n A defini\u00e7\u00e3o de pandemia, segundo a Real Academia Espanhola, \u00e9 \u201cuma doen\u00e7a epid\u00eamica que se estende a muitos pa\u00edses ou que ataca quase todos os indiv\u00edduos de uma localidade ou regi\u00e3o\u201d. Ou seja, a Covid-19 deixar\u00e1 de ser uma\u00a0pandemia quando n\u00e3o tiver mais um alcance<\/a>\u00a0t\u00e3o grande como acontece agora.<\/p>\n\n\n\n1. Depois de tomar a vacina, o que eu posso fazer?<\/h2>\n\n\n\n
2. Se meus pais estiverem vacinados, posso encontrar com eles sem m\u00e1scara?<\/h2>\n\n\n\n
3. Posso ter encontros sem m\u00e1scara com mais pessoas se estivermos todos vacinados?<\/h2>\n\n\n\n
4. Depois de vacinado, posso parar de usar m\u00e1scara?<\/h2>\n\n\n\n
5. Se eu j\u00e1 tive coronav\u00edrus, preciso tomar a vacina?<\/h2>\n\n\n\n
6. Quem j\u00e1 foi vacinado est\u00e1 protegido contra as novas variantes?<\/h2>\n\n\n\n
7. Qual o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina?<\/h2>\n\n\n\n
8. Depois de quanto tempo estou imunizado?<\/h2>\n\n\n\n
9. Devo fazer o teste de sorologia para ver se a vacina ‘pegou’?<\/h2>\n\n\n\n
10. Posso tomar a vacina da gripe junto com a vacina da Covid-19?<\/h2>\n\n\n\n
11. Ainda posso pegar\/passar o v\u00edrus se estiver vacinado?<\/h2>\n\n\n\n
12. Quem est\u00e1 com Covid pode se vacinar?<\/h2>\n\n\n\n
13. Crian\u00e7as poder\u00e3o tomar a vacina?<\/h2>\n\n\n\n
14. A pandemia vai acabar um dia?<\/h2>\n\n\n\n