No mundo, um trabalhador morre por acidente de trabalho ou doen\u00e7a laboral a cada 15 segundos. De 2012 a 2020, 21.467 desses profissionais eram brasileiros \u2014 o que representa uma taxa de 6 \u00f3bitos a cada 100 mil empregos formais nesse per\u00edodo, aponta o Observat\u00f3rio de Seguran\u00e7a e Sa\u00fade no Trabalho, elaborado pelo Minist\u00e9rio P\u00fablico do Trabalho (MPT) e a Organiza\u00e7\u00e3o Internacional do Trabalho (OIT).<\/p>\n\n\n\n
Entre os pa\u00edses do G20, o Brasil ocupa a segunda coloca\u00e7\u00e3o em mortalidade no trabalho, apenas atr\u00e1s do M\u00e9xico (primeiro colocado), com 8 \u00f3bitos a cada 100 mil v\u00ednculos de emprego entre 2002 e 2020.<\/p>\n\n\n\n
As menores taxas de mortalidade foram registradas no Jap\u00e3o (1,4 a cada 100 mil), Canad\u00e1 (1,9 a cada 100 mil) e, entre os pa\u00edses da Am\u00e9rica do Sul, a Argentina (3,7 mortes a cada 100 mil trabalhadores).<\/p>\n\n\n\n
Em oito anos, foram registrados no Brasil 5,6 milh\u00f5es de doen\u00e7as e acidentes de trabalho, que geraram um gasto previdenci\u00e1rio que ultrapassa R$ 100 bilh\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
Apenas no ano passado, por conta da Covid-19, o total de aux\u00edlios-doen\u00e7a por transtornos psicol\u00f3gicos, como depress\u00e3o e ansiedade, chegou a 289 mil \u2014 um aumento de 30% em rela\u00e7\u00e3o a 2019, quando foram registrados 224 mil.<\/p>\n\n\n\n
\u201cEstima-se que doen\u00e7as e acidentes do trabalho produzam a perda de 4% do PIB global a cada ano. No caso do Brasil, esse percentual corresponde a aproximadamente R$ 300 bilh\u00f5es, considerando o PIB de 2020\u201d, afirmou Lu\u00eds Fabiano de Assis, procurador do MPT e cientista de dados.<\/p>\n\n\n\n
Entre as ocupa\u00e7\u00f5es mais informadas nos registros est\u00e3o: t\u00e9cnicos de enfermagem (9%), faxineiros (5%), auxiliares de escrit\u00f3rio (3%), vigilantes (3%), vendedores de com\u00e9rcio varejista (3%) e alimentadores de linha de produ\u00e7\u00e3o (3%).<\/p>\n\n\n\n
\u201cO setor de sa\u00fade sempre foi um dos que mais notificou os \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos sobre acidentes de trabalho\u201d, explicou M\u00e1rcia Kamei Lopez Aliaga, titular da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho, do MPT. Na avalia\u00e7\u00e3o da procuradora, h\u00e1 setores que podem ter grande relev\u00e2ncia em acidentes de trabalho, mas podem n\u00e3o ter divulgado os dados corretamente.<\/p>\n\n\n\n
Na s\u00e9rie hist\u00f3rica de 2012 a 2019, a maior parte dos acidentes foram ocasionados pela opera\u00e7\u00e3o de m\u00e1quinas e equipamentos (15%). Em 2020, esse percentual aumentou para 18%.<\/p>\n\n\n\n
\u201cESSAS INFORMA\u00c7\u00d5ES DEMONSTRAM A CAR\u00caNCIA DE MEDIDAS DE PROTE\u00c7\u00c3O COLETIVA EM MUITOS ESTABELECIMENTOS E A INEFIC\u00c1CIA DAS ATUAIS POL\u00cdTICAS DE PREVEN\u00c7\u00c3O\u201d, ALERTOU M\u00c1RCIA.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n
Na distribui\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica, S\u00e3o Paulo concentra 35% dos acidentes de trabalho notificados, seguido por Minas Gerais (11%) e Rio Grande do Sul (9%) \u2014 destacando a forte concentra\u00e7\u00e3o de empregos principalmente na regi\u00e3o Sudeste.<\/p>\n\n\n\n
\u201cO BRASIL TEM MUITA DIFICULDADE EM ASSIMILAR A QUEST\u00c3O DE PREVEN\u00c7\u00c3O. O BRASIL NUNCA DEIXOU DE OCUPAR O POSTO DE GRANDE RESPONS\u00c1VEL POR ACIDENTES DE TRABALHO E A COVID-19 COMPROVOU ESSA TEND\u00caNCIA\u201d, ANALISOU A PROCURADORA<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n
Fonte: G1<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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