vacinação – Playcipa https://playcipa.com.br Segurança e Saúde Ocupacional Mon, 17 May 2021 14:51:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://playcipa.com.br/wp-content/uploads/2022/07/logo-fundo-branco-removido-84x84.png vacinação – Playcipa https://playcipa.com.br 32 32 COVID-19: estudo mostra que crianças têm baixa taxa de transmissão a adultos https://playcipa.com.br/covid-19-estudo-mostra-que-criancas-tem-baixa-taxa-de-transmissao-a-adultos/ https://playcipa.com.br/covid-19-estudo-mostra-que-criancas-tem-baixa-taxa-de-transmissao-a-adultos/#respond Mon, 17 May 2021 14:51:15 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1649 Após mais de um ano de pandemia, ainda não está totalmente esclarecido o papel das crianças na propagação do coronavírus. Mas um novo estudo de cientistas brasileiros e estrangeiros constata: elas têm maior probabilidade de serem infectadas por adultos do que de transmitirem a Covid-19 para eles — ou seja, menos chance de passar o vírus adiante. Informação preciosa, tanto para traçar estratégias de reabertura de escolas quanto para ampliação de planos de vacinação.

Os pesquisadores investigaram a transmissão da Covid-19 na comunidade de Manguinhos, de maio a setembro de 2020, e mostram que todas as crianças que testaram positivo para o Sars-CoV-2 haviam tido contato com adultos ou adolescentes com sintomas de Covid-19. A coordenadora do estudo, Patrícia Brasil, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz, ressalta que os dados se referem a um momento diferente da pandemia, quando a variante P.1, mais transmissível e hoje dominante, ainda não havia surgido. O distanciamento social também era maior do que agora.

— Ainda assim não faz sentido manter as escolas fechadas com o restante da economia aberta — diz a cientista. — A vacinação dos profissionais de educação, no entanto, é essencial para a reabertura.

No início da pandemia, se acreditava que, a exemplo do que ocorre com a gripe e outras viroses respiratórias, as crianças poderiam ser grandes transmissoras de Covid-19. Contribui para isso o fato de que elas apresentam poucos sintomas e não conseguem seguir como os adultos medidas de higiene e de distanciamento social.

Mas, na prática, não se observou um papel significativo das crianças na propagação da pandemia, embora as escolas tenham permanecido fechadas. As crianças tampouco adoecem significativamente com o coronavírus e são o grupo menos atingido pela pandemia.

A pesquisa prossegue para investigar como ocorre a transmissão este ano, quando a pandemia se intensificou e novas variantes do coronavírus, principalmente a P1, estão em circulação.

Reabertura cuidadosa

Realizado por pesquisadores da Fiocruz, da Universidade da Califórnia e da Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres, o estudo foi aceito para publicação na revista Pediatrics, editada pela Sociedade Americana de Pediatria. Seus dados são importantes num momento em que as escolas do ensino fundamental do município do Rio de Janeiro se preparam para voltar às aulas presenciais amanhã — ao mesmo tempo em que a vacinação dos profissionais de educação está suspensa por falta de doses.

Os cientistas estão cientes dos dois lados do problema. Para eles, não há benefício claro em manter escolas fechadas se estão abertos outros locais onde o risco de contágio é maior, como shoppings, bares e restaurantes. Defendem, porém, que a volta às aulas seja feita, além da já citada vacinação dos profissionais de educação, cuidados de higiene, distanciamento social e uso de máscara.

A epidemiologista da Fiocruz Marilia Sá Carvalho, também autora do estudo, diz que, sem estes cuidados básicos, a reabertura das escolas aumentará a circulação do coronavírus. Mas, se tomadas as precauções, as escolas podem não ter grande impacto na transmissão.

— A criança não é o maior transmissor da Covid-19 — sintetiza Carvalho.

Intitulado “A dinâmica da infecção de Sars-CoV-2 em crianças e contatos domiciliares numa comunidade pobre do Rio de Janeiro”, o estudo analisou dados de 323 crianças (de 0 a 13 anos), 54 adolescentes (14 a 19 anos) e 290 adultos. A base da pesquisa foi o acompanhamento de crianças atendidas no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), em Manguinhos. Foram 45 crianças que testaram positivo para o Sars-CoV-2 (13,9% do total).

Os cientistas fizeram visitas às residências dessas crianças e as testaram com PCR (para detectar o coronavírus) e sorologia (em busca de anticorpos que revelassem exposição ao Sars-CoV-2). Adultos e adolescentes que moravam com as crianças atendidas também foram testados.

A hipótese dos pesquisadores era a de que se a transmissão fosse principalmente de adultos e adolescentes para crianças, eles teriam anticorpos antes delas. Foi exatamente o que ocorreu.

Vacinação infantil

Os cientistas ressaltam que mesmo não tendo papel importante na transmissão da Covid-19, é preciso incluir as crianças nos ensaios clínicos de imunizantes.

— Se os adultos forem imunizados e as crianças não, elas podem continuar a perpetuar a epidemia — explica Patrícia Brasil.

Os pesquisadores lembram ainda que em países de alta incidência da Covid-19, como o Brasil, é preciso imunizar no mínimo 85% da população para de fato conter a pandemia. E esse percentual só será alcançado com a inclusão de crianças no programa de vacinação. No Brasil, 25% da população têm menos de 18 anos.

Atualmente, nenhuma das vacinas contra a Covid-19 foi aprovada para crianças. Elas não participaram dos ensaios clínicos por razão lógica: não são parte dos grupos prioritários. No entanto, os fabricantes de alguns dos imunizantes já iniciaram testes com crianças.

A Pfizer/BioNTech anunciou que pedirá autorização à agência reguladora europeia para vacinar, a partir de junho, a faixa etária entre 12 e 15 anos — que já recebe doses no Canadá. E a Pfizer espera para julho os resultados dos testes com o imunizante em crianças de 5 a 12 anos. Para setembro, por sua vez, estão previstos os resultados dos ensaios clínicos com bebês a partir de seis meses de idade.

(Fonte: O Globo)

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Covid-19: Saúde suspende vacinação de gestantes com AstraZeneca https://playcipa.com.br/covid-19-saude-suspende-vacinacao-de-gestantes-com-astrazeneca/ https://playcipa.com.br/covid-19-saude-suspende-vacinacao-de-gestantes-com-astrazeneca/#respond Fri, 14 May 2021 22:13:54 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1639 Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientar a suspensão da vacinação de gestantes com o imunizante Oxford/AstraZeneca, o Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (11) a suspensão para este segmento e para puérperas com o imunizante da marca.

No caso das vacinas Coronavac e da Pfizer, o ministério autoriza o uso apenas nos casos de mulheres com comorbidades. Aquelas que não apresentarem condições de saúde enquadradas nesta categoria não deverão ser imunizadas.

Mesmo com a decisão, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçou a importância das vacinas, inclusive da Oxford/AstraZeneca. “Quero reiterar a confiança na segurança e eficácia nestas vacinas. Todo programa de vacinação é coordenado por uma equipe técnica com suporte de câmara técnica dos mais renomados especialistas do Brasil”, disse.

A medida anunciada hoje ocorreu após a pasta ter sido informada na última sexta-feira (7) do episódio de uma gestante que teria morrido após ter recebido a vacina Oxford/AstraZeneca. Contudo, em entrevista coletiva hoje, representantes do ministério e especialistas do comitê do Programa Nacional de Imunizações (PNI) alertaram que o caso está em investigação e ainda não foi confirmada se a causa do óbito está relacionada ao imunizante.

“Ficamos chateados com essa perda. Mas ainda não está claro que a vacina tenha sido a causa desta trombose. Estamos examinando detalhes de todo o prontuário para que a gente chegue a uma conclusão e esclareça a todos. Por isso mesmo que estamos esperando exames para orientarmos de uma forma tranquila”, declarou o professor titular da Universidade de São Paulo (SP) e diretor do Laboratório de Imunologia do Incor, Jorge Kalil.

Kalil contou que a orientação do comitê de especialistas para iniciar a vacinação de gestantes e puérperas se deveu ao fato de que estava havendo aumento do número de mortes por covid-19 dentro deste grupo e que, diante do cenário epidemiológico, os benefícios superavam os riscos.

O secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Parente, explicou que a avaliação entre riscos e benefícios é comum em um processo de vacinação, ainda mais em um momento como o da pandemia, com novos imunizantes.

“Ainda não há estudos de alto nível de evidências. Mas a gente nota um aumento grande de óbitos [de gestantes]. Este cenário fez com que o PNI [Programa Nacional de Imunização] tenha decidido por unanimidade pelos estudos e cenário epidemiológico que o risco-benefício favorecia a imunização”, comentou o secretário.

A coordenadora do PNI, Francieli Fantinato, informou que ainda não foi definido protocolo para o caso das gestantes e puérperas que tomaram a primeira dose. Uma nota técnica deverá ser divulgada até o fim da semana. Enquanto isso, a orientação é que essas mulheres não recebam a segunda dose.

Ela acrescentou que a orientação pode ser revista diante das conclusões da investigação sobre o caso da gestante morta e do avanço dos casos e mortes da pandemia. “À luz do cenário epidemiológico, essa orientação pode ser alterada”, sublinhou.

Fonte: Agência Brasil

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Nova lei possibilita que empresas privadas adquiram vacinas contra Covid-19 https://playcipa.com.br/nova-lei-possibilita-que-empresas-privadas-adquiram-vacinas-contra-covid-19/ https://playcipa.com.br/nova-lei-possibilita-que-empresas-privadas-adquiram-vacinas-contra-covid-19/#respond Fri, 19 Mar 2021 20:49:01 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1563 A partir da publicação da Lei nº 14.125, em 10 de março, no Diário Oficial da União, as pessoas jurídicas de direito privado poderão adquirir diretamente vacinas contra o novo coronavírus, desde que sejam integralmente doadas ao Sistema Único de Saúde, a fim de serem utilizadas no âmbito do PNI (Programa Nacional de Imunizações). Após o término da imunização dos grupos prioritários previstos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, essas empresas poderão, atendidos os requisitos legais e sanitários, adquirir, distribuir e administrar vacinas, desde que pelo menos 50% (cinquenta por cento) das doses sejam, obrigatoriamente, doadas ao SUS e as demais sejam utilizadas de forma gratuita.

Essas vacinas poderão ser aplicadas em qualquer estabelecimento ou serviço de saúde que possua sala para aplicação de injetáveis autorizada pelo serviço de vigilância sanitária local, observadas as exigências regulatórias vigentes, a fim de garantir as condições adequadas para a segurança do paciente e do profissional de saúde. As pessoas jurídicas de direito privado deverão fornecer ao Ministério da Saúde, na forma de regulamento detalhado, todas as informações relativas à aquisição, incluindo os contratos de compra e doação, e à aplicação das vacinas.

IMPORTÂNCIA

“Toda iniciativa que vise ampliar a oferta de vacinas e acelerar a vacinação em grupos prioritários é importante. O fundamental é que a população seja vacinada o quanto antes, sendo respeitadas as diretrizes de priorização”, comenta a gerente executiva de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi (Serviço Social da Indústria), a engenheira de Segurança do Trabalho Katyana Aragão.

Quanto aos setores empresariais que devem ter seus funcionários vacinados em primeiro lugar, ela afirma que as prioridades foram definidas dentro do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (para conferir na íntegra acesse https://bit.ly/3luQuUZ). “Depois dos grupos prioritários, lembrando que os trabalhadores da indústria já estão incluídos, entendo que o critério deva ser o mesmo adotado anteriormente. Indivíduos com maior exposição ao vírus devam ser vacinados antes de outros”, complementa.

Para contribuir com o País no esforço de imunização em massa da população, o Sesi colocou à disposição do poder público sua estrutura, presente em mais de 2,4 mil municípios. O objetivo é apoiar o Plano Nacional e o SUS na aplicação de vacinas em trabalhadores da indústria e na população se for necessário. O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, afirma que acelerar o ritmo de vacinação é condição indispensável para salvar vidas e o Brasil voltar a crescer.

(Fonte: Revista Proteção)

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Acelerar ritmo de vacinação é condição indispensável para salvar vidas e Brasil voltar a crescer https://playcipa.com.br/acelerar-ritmo-de-vacinacao-e-condicao-indispensavel-para-salvar-vidas-e-brasil-voltar-a-crescer/ https://playcipa.com.br/acelerar-ritmo-de-vacinacao-e-condicao-indispensavel-para-salvar-vidas-e-brasil-voltar-a-crescer/#respond Mon, 15 Mar 2021 00:34:10 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1560 A aceleração do ritmo da vacinação dos brasileiros contra a covid-19 é condição imprescindível para combate eficaz à pandemia. Além disso, só a imunização em massa da população contra a doença recolocará o Brasil no caminho da retomada da economia, do mercado consumidor e dos investimentos. Mais importante, a rápida execução do Plano Nacional de Imunização permitirá que a população brasileira possa, enfim, contar com a proteção contra essa doença que tem trazido enorme custo humano para o país e o mundo. 

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, lembra que o setor privado tem se colocado à disposição do poder público para contribuir com o plano, alternativa que se torna mais concreta com a sanção da lei que permite às empresas adquirir e doar vacinas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“O momento é de união de forças para superarmos essa grave crise sanitária. A vacina é o único caminho para que as pessoas e as empresas estejam seguras para retomar plenamente suas atividades”, afirma o presidente da CNI.

Para contribuir com o país no esforço de imunização em massa da população, o Serviço Social da Indústria (SESI) colocou à disposição do poder público sua estrutura, presente em mais de 2,4 mil municípios brasileiro, para apoiar o PNI e o SUS na aplicação de vacinas em trabalhadores da indústria e na população, se for necessário.

Crescimento de 2021 depende da vacina

Depois de amargar uma queda estimada em 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, o Brasil deverá crescer 4% este ano, enquanto a indústria deva registrar expansão de 4,4%. Embora o crescimento econômico venha acompanhado da criação de empregos, mais pessoas voltarão a procurar uma vaga este ano, o que pressionará a taxa de desocupação, que deverá permanecer elevada, próxima a 15%. Para o presidente da CNI, a vacinação é fator-chave para que essa projeção se concretize.

“O nosso grande desafio é fazer o Brasil voltar a crescer acima de 2% ao ano de maneira sustentada, isto é, por um longo período. Para isso, o Brasil precisa eliminar o Custo Brasil e garantir um ambiente que favoreça a atração de novos investimentos”, afirma Robson Andrade.

Segundo ele, a redução efetiva do Custo Brasil requer, sobretudo, a realização de uma reforma tributária ampla. “A implantação de um sistema de arrecadação de impostos mais simples, eficiente, sem cumulatividade e alinhado às boas práticas internacionais aumentará a competitividade das empresas e estimulará investimentos na produção”, acrescenta.

Acesse aqui, a lei nº 14.125, de 10 de março de 2021 (Dispõe sobre a responsabilidade civil relativa a eventos adversos pós-vacinação contra a Covid-19 e sobre a aquisição e distribuição de vacinas por pessoas jurídicas de direito privado).

(Fonte: Revista Proteção)

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Última etapa do maior estudo epidemiológico sobre a Covid-19 é realizada no Brasil https://playcipa.com.br/ultima-etapa-do-maior-estudo-epidemiologico-sobre-a-covid-19-e-realizada-no-brasil/ https://playcipa.com.br/ultima-etapa-do-maior-estudo-epidemiologico-sobre-a-covid-19-e-realizada-no-brasil/#respond Fri, 05 Mar 2021 22:18:26 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1555 Foi iniciada, no dia 25 de janeiro, a etapa final do maior estudo epidemiológico sobre Covid-19 realizado no Brasil. O EPICOVID-19 BR 2: Inquérito Nacional de Soroprevalência de Acesso Expandido vai concluir os níveis de infecção da população a partir do levantamento em 133 municípios no país.

Nesta fase, que acontece em um momento estratégico – final do primeiro ano da pandemia e antes do início da vacinação em massa, será realizada a fase de coleta e questionários A fase terá o equivalente a 50% a mais de pessoas em relação às primeiras quatro etapas do estudo, as quais quase 100.000 foram testadas. A etapa final unifica a quinta e sexta fase, número de etapas originais da pesquisa, para alavancar uma conclusão sobre a pandemia no contexto nacional.

Dos 133 municípios, divididos em 25 setores censitários, 8 domicílios serão selecionados aleatoriamente para o inquérito que utilizará testes sorológicos para identificação dos anticorpos SARS CoV-2 da classe classe IgG presente no soro. Os testes permitirão saber se as pessoas tiveram contato com o vírus e se desenvolveram resposta de anticorpos ao mesmo, indicando proteção eventual.

O EPICOVID-19 BR tem como objetivo estimar o percentual de brasileiros infectados com SARS-CoV-2 por idade, gênero, condição econômica, município e região geográfica. A pesquisa também determinará o percentual de assintomáticos, avaliar sintomas e letalidade e oferecer subsídio para políticas públicas e medidas de isolamento social.

O estudo é coordenado por Marcelo N. Burattini, da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S.Paulo – FAPESP, que irá utilizar a rede de laboratórios parceiros do Grupo Pardini para viabilizar as coletas em todo o território nacional.

Balanço parcial do estudo

Nas quatro fases iniciais, as quais quase 100.000 foram testadas, o estudo apontou que:

  • 60% dos casos apresentaram sintomas;
  • Metade dos entrevistados com anticorpos para a covid-19 declarou ter dor de cabeça (58%), alteração de olfato ou paladar (57%), febre (52,1%), tosse (47,7%) e dor no corpo (44,1%);
  • Enquanto no Norte 10% da população, em média, tinha ou já havia contraído o coronavírus, no Sul esse percentual ficava em torno de 1%;
  • Em todas as fases da pesquisa, os 20% mais pobres apresentaram o dobro do risco de infecção em comparação aos 20% mais ricos;
  • No caso dos indígenas, o risco de contrair a doença mostrou-se cinco vezes maior do que os brancos.

(Fonte: Revista Cipa)

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Para MPT, vacinação contra a Covid-19 é direito-dever de empregadores e empregados https://playcipa.com.br/para-mpt-vacinacao-contra-a-covid-19-e-direito-dever-de-empregadores-e-empregados/ https://playcipa.com.br/para-mpt-vacinacao-contra-a-covid-19-e-direito-dever-de-empregadores-e-empregados/#respond Sat, 13 Feb 2021 21:32:05 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1517 O Ministério Público do Trabalho (MPT) entende que a vacinação contra a Covid-19 é direito-dever de empregadores e empregados em atenção ao Plano Nacional de Vacinação, considerando-se os aspectos epidemiológicos que exigem a vacinação em massa para contenção e controle da pandemia. Para a instituição, é importante destacar também a recente decisão do Supremo Tribunal Federal e as legislações pertinentes, que determinam a obrigatoriedade da vacinação.

Em Guia Técnico destinado a procuradores e procuradoras da instituição, o MPT lista pontos de normas brasileiras sobre saúde e segurança no trabalho para demonstrar que o objetivo da vacinação é concretizar o direito fundamental à vida e à saúde do trabalhador, inclusive no seu aspecto coletivo e social. O interesse coletivo deve se sobrepor aos interesses individuais, conforme determina a CLT.

Segundo o documento, compete ao empregador adotar a vacinação como medida coletiva de proteção, devendo prevê-la no em programa de vacinação previsto no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), além de propiciar aos empregados o direito à informação sobre todo o processo de vacinação.

Para a instituição, “em se tratando do risco biológico SARS-CoV-2, é necessário para o seu controle e para evitar a infecção dos trabalhadores, a estratégia profilática de vacinação, que visa à imunização do grupo. Logo, havendo o reconhecimento da existência de risco biológico no local de trabalho, a vacinação deve ser uma das medidas no PCMSO”.

Dever de Esclarecimento

O empregador deverá esclarecer aos empregados as informações sobre a importância da vacinação para a proteção dele próprio e de seus colegas de trabalho e também as consequências jurídicas de uma recusa “injustificada” de se vacinar.  Diante da recusa do empregado, deverá o empregador direcioná-lo para o serviço médico da empresa para avaliação de seu estado de saúde e verificar alguma incompatibilidade com as vacinas disponíveis.

Na orientação, a instituição reforça que é fundamental esclarecer e orientar os trabalhadores sobre a importância do ato de se vacinar. “Desse modo, se houver recusa do empregado à vacinação, a empresa não deve utilizar, de imediato, a pena máxima ou qualquer outra penalidade sem antes informar ao trabalhador a importância do ato de vacinação e as consequências da sua recusa, propiciando-lhe atendimento médico ou psicológico, com esclarecimentos sobre a vacina”, diz o MPT no Guia.

A aplicação de eventual sanção por parte do empregador deve ser antecedida, se for o caso, de avaliação clínica, pelo médico do trabalho, principalmente em relação ao estado de saúde do empregado, observados os registros em prontuário clínico individual, assegurados o sigilo do ato médico e o direito ao resguardo da intimidade e da vida privada do trabalho.

Sem ônus ao trabalhador

De acordo com o documento, a vacinação deve ser aplicada sem ônus financeiros para os trabalhadores. A recusa à vacinação pode ter fundamento, como situações excepcionais e plenamente justificadas como alergia aos componentes da vacina, contraindicação médica, gestante, entre outros. Se há justificativa para a recusa à vacinação, o ato faltoso do trabalhador não se caracteriza e a empresa deve adotar medidas de organização do trabalho, de proteção coletiva e de proteção individual de acordo com notas técnicas já divulgadas pelo GT Covid-19 do MPT. “Sendo clinicamente justificada a recusa, a empresa deverá adotar medidas de proteção do trabalhador, como a sua transferência para o trabalho não presencial, se possível, na forma da legislação, de modo a não prejudicar a imunização da coletividade de trabalhadores”.

Guia

O Guia Técnico sobre vacinação tem como objetivo primordial apoiar, auxiliar e colaborar com todos os procuradores e procuradoras do Ministério Público do Trabalho, no enfrentamento de questões decorrentes dos impactos da pandemia de Covid-19 nas relações de trabalho, e na sociedade em geral. Leva em conta as políticas públicas e medidas editadas pelos agentes públicos e privados na contenção dos impactos da pandemia, principalmente no contexto da notória segunda onda da pandemia no Brasil.

Acesse abaixo Guia Técnico sobre Vacinação/Covid-19
https://bit.ly/3tZ8Elt

Fonte: Procuradoria-Geral do Trabalho

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Quatro dúvidas que ainda restam sobre todas as vacinas contra a Covid-19 https://playcipa.com.br/quatro-duvidas-que-ainda-restam-sobre-todas-as-vacinas-contra-a-covid-19/ https://playcipa.com.br/quatro-duvidas-que-ainda-restam-sobre-todas-as-vacinas-contra-a-covid-19/#respond Sun, 31 Jan 2021 22:52:07 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1483 A mobilização para vacinar toda a população mundial contra o novo coronavírus e recuperar a normalidade o mais rápido possível tem sido uma corrida contra o relógio.

Até sexta-feira (29/01), já haviam sido aplicadas mais de 90,4 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, segundo dados do projeto “Our World in Data”, ligado à Universidade de Oxford — conforme o mesmo levantamento, o Brasil tem 1,6 milhão de vacinados atualmente.

Mas enquanto os países aceleram ou iniciam suas campanhas de imunização, várias perguntas sobre as vacinas continuam preocupando cientistas, governos e a população em geral.

Ainda não se sabe, por exemplo, por quanto tempo dura a imunidade oferecida pelas vacinas ou se as novas variantes do coronavírus, que têm surgido ao redor do mundo, serão resistentes à imunização.

A BBC explica quatro dúvidas fundamentais que ainda pairam, dois meses após o início das primeiras campanhas de imunização contra o novo coronavírus.

1. Quanto tempo dura a imunidade oferecida pelas vacinas?

O quão imune uma pessoa se torna após ser infectada pelo Sars-Cov-2 (nome oficial do novo coronavírus) ou após receber a vacina é uma das perguntas mais frequentes nos últimos meses.

Um ano depois do início da pandemia, já foram divulgados os primeiros estudos sobre a imunidade a médio e longo prazo.

De acordo com o Instituto La Jolla de Imunologia, na Califórnia, várias das respostas imunológicas após a pessoa superar a infecção pelo coronavírus permaneceram ativas por, pelo menos, seis meses.

É semelhante ao tempo estimado por autoridades da área da saúde da Inglaterra, que creem que a maioria dos pacientes que tiveram a Covid-19 estão protegidos por pelo menos cinco meses.

Levando em consideração que ainda não se passou tanto tempo assim desde as primeiras infecções confirmadas no mundo, vários cientistas acreditam que a imunidade pode durar mais tempo. Alguns cogitam até mesmo que pode permanecer por anos.

Claro, essa não é uma regra universal. Cada paciente pode desenvolver mais ou menos proteção, e novas variantes recém-identificadas do coronavírus também estão aprendendo a driblar o sistema imune de algumas pessoas, permitindo que sejam reinfectadas pelo coronavírus.

Isso também está sendo avaliado quando se trata de vacinas.

“É difícil dizer por quanto tempo a imunidade pode durar (após a vacina), porque acabamos de começar a vacinação. Isso pode variar de acordo com cada paciente e conforme cada tipo de imunizante. Mas, talvez, possa durar de seis a 12 meses”, afirma o virologista Julian Tang, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC).

Já Andrew Badley, professor de medicina molecular da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, é mais otimista. “Estou confiante de que os efeitos da vacinação e da imunidade podem durar vários anos”, afirma.

“Também será importante analisar detalhadamente os casos dos infectados com as novas variantes, que não eram conhecidas anteriormente, e observar como os pacientes respondem após a vacina”, acrescenta Badley.

2. Até que ponto a vacina impede a transmissão do coronavírus?

É possível ser infectado pelo coronavírus após ser vacinado. E isso acontece por vários motivos.

O primeiro deles é que a proteção oferecida pela maioria das vacinas não é ativada antes de duas ou três semanas após receber a primeira dose.

“Se você se expõe ao vírus um dia ou uma semana depois de ser imunizado, continua sendo vulnerável à infecção e também pode transmitir o vírus a outras pessoas”, explica Tang à BBC Mundo.

Mas mesmo se alguém for exposto ao vírus muitas semanas após receber as doses necessárias, ainda assim é possível ser infectado novamente.

“Os dados disponíveis sugerem que alguns indivíduos podem continuar sendo infectados, embora peguem menos quantidade do vírus e, consequentemente, adoeçam menos que aqueles que nunca foram infectados ou não foram vacinados. De todo modo, penso que será mais difícil que uma pessoa vacinada transmita o vírus”, afirma Badley.

Portanto, há certo consenso de que as vacinas parecem proteger de forma muito eficaz um número considerável de indivíduos. Porém, ainda é uma incógnita até que ponto ela impede uma infecção ou até mesmo a transmissão do coronavírus.

“É um vírus muito heterogêneo e produz sintomas muito diferentes, dependendo do paciente. O mesmo acontecerá com as vacinas. Alguns terão uma reação imunológica muito potente, que impedirá que o coronavírus se reproduza. Porém, em outros não haverá uma resposta tão completa e poderá haver um pouco da reprodução e transmissão do vírus”, diz José Manuel Bautista, professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Complutense de Madrid, na Espanha.

3. As vacinas protegerão contra as novas mutações e variantes do coronavírus?

Esta é, talvez, a maior preocupação no momento.

Os vírus sofrem mutações constantes e, às vezes, se tornam mais resistentes à vacinação. Por isso, pode ser necessário modificá-las.

Esse temor existe com as diversas variantes do novo coronavírus que foram identificadas recentemente, como na África do Sul e no Reino Unido, que posteriormente foram encontradas em outros países e até se tornaram dominantes em alguns locais por sua maior infectividade.

Recentemente, também foi descoberta uma variante em Manaus (AM), que estudiosos apontam que também parece ser mais infecciosa que as linhagens conhecidas no início da pandemia.

Ainda é muito cedo para dizer com certeza se essas novas variantes são mais resistentes às vacinas.

Nesta semana, o Global Times, veículo de comunicação do governo chinês, afirmou que as vacinas criadas com vírus inativado no país, como a CoronaVac (da chinesa Sinovac Biotech), podem ser atualizadas daqui a cerca de dois meses para conter as novas variantes.

Já a Moderna anunciou, há alguns dias, que a sua vacina continua sendo efetiva contra as novas variantes do Reino Unido e da África do Sul — a de Manaus não chegou, ao menos por ora, a ser analisada. Apesar disso, segundo a empresa, deverão ser feitos novos testes para reforçar a proteção no caso da variante encontrada na África do Sul.

A Pfizer e a BioNTech também asseguram que a sua vacina neutraliza as novas variantes.

“É importante levar em consideração que embora as vacinas aprovadas sejam muito eficazes, elas não são 100% eficazes contra nenhuma variante do vírus, nem mesmo a original”, afirma Badley, da Mayo Clinic.,

“A proteção de uma vacina dependerá do quão diferentes são as novas variantes em comparação às antigas”, explica Tang.

Em resumo, não se sabe ainda se as novas variantes serão resistentes às vacinas. Porém, é clara a necessidade de governos e departamentos de saúde monitorarem e identificarem as variantes emergentes para avaliar se os imunizantes disponíveis podem neutralizá-las.

Ao mesmo tempo, já se sabe que, o quanto mais rápido os países conseguirem vacinar suas populações, menor será a chance de que o coronavírus desenvolva novas mutações mais potentes – mais um motivo para imunizar o máximo possível de pessoas em todo o mundo.

4. Qual o limite de tempo para tomar a segunda dose das vacinas?

Vacinas como a CoronaVac, a da Pfizer, da Moderna e a da Oxford/AstraZeneca, por exemplo, são administradas em duas doses.

No caso da Coronavac (que no Brasil é produzida em parceria com o Instituto Butantan), da Pfizer e da Moderna, a recomendação é de que a segunda dose seja aplicada por volta de 21 dias após a primeira.

 Mas no fim de 2020, o Reino Unido anunciou que priorizaria vacinar o maior número possível de pessoas com a primeira dose do imunizante da Pfizer e que até três meses depois aplicaria a segunda dose. No Brasil, autoridades cogitam a possibilidade de também estender o período da segunda dose das vacinas.

Logo que o Reino Unido anunciou a decisão de adiar a segunda dose, o caso gerou debate internacional sobre qual seria a forma mais recomendada de vacinação. Em meio à polêmica, a Pfizer e a maioria da comunidade científica mundial preferiram manter as recomendações com base no que foi comprovado em testes clínicos: uma dose hoje e a segunda em 21 dias.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) se manifestou a respeito do tema e também recomendou que a segunda dose seja aplicada 21 ou 28 dias após a primeira. Apesar disso, a entidade admitiu que o intervalo entre as duas poderia ser estendido até, no máximo, seis semanas em casos excepcionais.

(Fonte: G1)

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