tecnologia – Playcipa https://playcipa.com.br Segurança e Saúde Ocupacional Mon, 23 Aug 2021 13:54:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://playcipa.com.br/wp-content/uploads/2022/07/logo-fundo-branco-removido-84x84.png tecnologia – Playcipa https://playcipa.com.br 32 32 Livro debate como diminuir a solidão no ambiente de trabalho em meio ao avanço da tecnologia https://playcipa.com.br/livro-debate-como-diminuir-a-solidao-no-ambiente-de-trabalho-em-meio-ao-avanco-da-tecnologia/ https://playcipa.com.br/livro-debate-como-diminuir-a-solidao-no-ambiente-de-trabalho-em-meio-ao-avanco-da-tecnologia/#respond Mon, 23 Aug 2021 13:54:29 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1764 O sentimento de solidão no ambiente de trabalho se intensificou com o avanço da tecnologia sobre as nossas rotinas. Um estudo realizado pela seguradora de saúde Cigna nos Estados Unidos mostra que 57% dos trabalhadores remotos se sentem sozinhos durante todo o tempo, ou ao menos de vez em quando. Surpreendentemente, o número não varia muito entre aqueles que trabalham presencialmente: o índice fica em 52%.

Os números são resultado de relações de trabalho cada vez mais mediadas pela tecnologia, o que faz com que, mesmo diante de tantas ferramentas de comunicação, os profissionais se queixem de solidão. E esse sentimento apenas se intensificou durante a pandemia de Covid-19.

Agora, o tema é objeto de análise do livro De Volta às Conexões Humanas, do pesquisador do futuro Dan Schawbelautor do best-seller Promova-sePara ele, a tecnologia tem sido uma barreira à socialização genuína dos trabalhadores.

“A tecnologia é boa, mas se você permanecer nela não construirá laços fortes”, afirma. “A ‘hiperdependência’ do ambiente digital durante a pandemia intensificou alguns problemas, como uma desproporção entre desempenho e jornada de trabalho, a impossibilidade de manter-se focado em atividades reais de lazer e a construção de vínculos superficiais com os outros. Tudo isso tem como consequência um sentimento de solidão profunda.”

Ele ressalta, porém, que muitas pessoas preferem aproveitar o conforto que a tecnologia proporciona, e não investem em situações em que o contato humano é fundamental.

Com base em pesquisas e entrevistas com líderes de empresas como Facebook, Nike, American Express e Walmart, Schawbel afirma que as empresas precisam de programas internos que busquem socializar seus funcionários e estimulem a diversidade de vivências. Segundo ele, conversar com pessoas com ideias diferentes amplia o processo criativo.

Para ajudar as companhias no processo, o autor apresenta uma metodologia que permite aos colaboradores medirem seu nível de interação com os outros, o Índice de Conectividade no TrabalhoAlém disso, o livro traz exercícios em que os leitores podem trabalhar individualmente ou em equipe, com foco em melhorar suas habilidades de lideranças e estratégias para aumentar a produtividade pessoal.

O autor defende que a demanda por habilidades essencialmente humanas vem crescendo. “A hora de mudar é agora, porque as gerações futuras terão sérias dificuldades em construir essas aptidões por usarem cada vez mais a tecnologia.”

Fonte: Revista Cipa
[Imagem: Pexels/Pixabay]

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Transformação Digital, Diversidade e Inclusão: Possível e Necessário https://playcipa.com.br/transformacao-digital-diversidade-e-inclusao-possivel-e-necessario/ https://playcipa.com.br/transformacao-digital-diversidade-e-inclusao-possivel-e-necessario/#respond Tue, 26 Jan 2021 13:17:21 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1474 Em uma época de intensas mudanças culturais e sociais, na qual a flexibilidade do mundo do trabalho substituiu sua antiga rigidez e a tecnologia abriu portas para novos modelos de negócio e novas formas de operar as organizações com a transformação digital, as possibilidades se expandem. E lidar com os temas da diversidade e inclusão torna-se essencial para que se estabeleça novos paradigmas dentro de um pensamento transformador, onde as capacidades de negócio se ampliem e possam efetivamente se beneficiar de toda a inovação que vem por aí.

Nesse contexto, a convivência entre gerações e a maior presença da mulher no mercado de trabalho são fatores críticos de sucesso, em especial, no ambiente STEM – abrange as ciências, tecnologia, engenharia e matemática – disciplinas essenciais para a transformação digital, onde a diversidade pode ser decisiva para que a transformação digital seja disseminada e aplicada de forma mais abrangente por toda a sociedade.

Além da questão etária, em que pessoas mais velhas são substituídas por profissionais mais jovens com frequência, observa-se que em cada cinco profissionais na área de tecnologia da informação, somente uma é mulher. Este é o resultado de uma pesquisa recente realizada pela consultoria KPMG, que ainda mostra que apenas 12% dos postos de chefia do setor são ocupados por mulheres.

Outras pesquisas demonstram que o salário das mulheres nesse segmento é 11% menor do que os dos homens, mesmo em cargos iguais. Mesmo com números tão baixos, segundo uma consultoria de recrutamento especializada em seleção de profissionais de TI, em pesquisa realizada no ano passado, 82% das mulheres relatou já ter vivido ou ainda vivenciar o preconceito de gênero dentro de seu ambiente de trabalho.

Em live que moderei recentemente, profissionais da área de marketing digital e experiência do cliente, engajados nesta jornada, debateram esse assunto no contexto das empresas de tecnologia tradicional, mas também abordamos as xtechs – startups do segmento tecnológico – para formar um entendimento de como os temas da diversidade e inclusão são abordados em seus modelos de negócio. Segundo eles, as coisas estão melhorando, porém ainda em ritmo muito devagar, e que cabe às empresas a responsabilidade de trazer mais mulheres para o mercado, estimulando-as a se desenvolverem nas áreas científicas em geral, e na tecnologia da informação em particular, mas acenando com postos de trabalho para que possam ter espaço no mercado após a formação.

Outro ponto discutido foram os conceitos de diversidade e inclusão como duas faces da mesma moeda ou, como foi mencionado por um dos debatedores, “enquanto a diversidade é convidar alguém para uma festa, a inclusão é chamar este alguém para dançar”. A diversidade pode trazer as pessoas para o ambiente de trabalho, mas a inclusão faz como que elas se sintam bem e se mantenham em seus empregos. Diversidade sem inclusão aumenta o turn over.

Os processos seletivos são vistos como fundamentais. O “viés inconsciente”, definido como uma espécie de atalho mental, faz com que os entrevistadores tomem uma decisão mais rápida e confortável. A mudança e a quebra deste viés são fundamentais para que a diversidade seja considerada com mais frequência nas seleções. Uma solução, que não é ainda a ideal, têm sido os processos de seleção “às cegas”, considerados como primeiros passos importantes nesse sentido.

Muitos gestores ainda não sabem, mas investir em diversidade e inclusão revela a responsabilidade da organização em relação à sociedade e melhora a percepção da marca. Mas não é só isso. Este movimento a torna mais atrativa para os melhores profissionais, facilita a retenção de profissionais de excelência e torna o ambiente de trabalho mais colaborativo. Potencializa o lado criativo das equipes, com o compartilhamento de diferentes pontos de vista, experiências profissionais ou mesmo de vida trazendo o ambiente ideal para a inovação que revoluciona produtos, serviços, processos e modelos de negócio.

Apostar na diversidade e na inclusão não deve ser visto somente como um posicionamento de mercado, mas como estratégia necessária para o crescimento e sustentabilidade das organizações.

Enio Klein é CEO da Doxa Advisers e professor de Pós-Graduação na Business School SP.

(Fonte: Revista Cipa)

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A eficácia do CoronaVac comparado a outros imunizantes https://playcipa.com.br/a-eficacia-do-coronavac-comparado-a-outros-imunizantes/ https://playcipa.com.br/a-eficacia-do-coronavac-comparado-a-outros-imunizantes/#respond Wed, 13 Jan 2021 22:16:34 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1432 Depois de muita polêmica, o Instituto Butantan divulgou nesta terça-feira (12/01) a eficácia global da CoronaVac. Os dados mostram uma taxa de 50,38%, número que supera por pouco o limite de 50% estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para aprovar as vacinas contra a covid-19. A coletiva de imprensa desta semana veio após muitas críticas de cientistas e profissionais de saúde em relação à falta de transparência no anúncio realizado na quinta-feira (07/01).

Na ocasião, representantes do governo do Estado de São Paulo mostraram apenas os dados dos desfechos secundários do estudo clínico do imunizante, como aqueles que mostravam uma diminuição de 78% dos casos leves e de 100% nos casos moderados, nos casos graves e nas hospitalizações. Mas o que esses números e informações significam na prática? Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil avaliam que, assim como ocorre com várias vacinas contra outras doenças já aplicadas no país, a CoronaVac (se aprovada) pode ser de grande valia ao enfrentamento da pandemia. “Sabe o que é mais importante que qualquer vacina? A estratégia de vacinação. É ela que vai nos permitir ter muito menos mortes em 2021”, contextualiza a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

Eficácia x Efetividade

A taxa de eficácia global da vacina é determinada a partir dos estudos clínicos de fase 3, os últimos antes da aprovação pelas agências regulatórias, caso da Anvisa no Brasil e da FDA nos Estados Unidos.

Normalmente, esse trabalho de pesquisa demora anos para ser concluído. Porém, em meio a uma pandemia, os prazos podem ser apertados e os cientistas fazem análises preliminares com um número menor de voluntários.

Grosso modo, a análise preliminar compara quantos participantes do estudo que contraíram a covid-19 de acordo com dois grupos: aqueles que tomaram a vacina de verdade e aqueles que receberam doses de placebo, uma substância sem efeito no organismo.

Espera-se que as pessoas vacinadas estejam mais protegidas da infecção pelo coronavírus em relação àquelas que não foram imunizadas. A partir daí, é possível realizar um cálculo relativamente simples, que vai determinar essa taxa de eficácia. Esse número, porém, é uma informação obtida a partir de um estudo científico, num ambiente controlado e acompanhado de perto por um time de especialistas.

 Na vida real, a eficácia é substituída pela efetividade. Em resumo, esse conceito permite entender o quanto daquilo que foi observado durante os testes acontece de verdade, no mundo real.

A efetividade, portanto, pode ser maior ou menor, a depender de uma série de variáveis e coisas que acontecem durante um programa amplo de vacinação. O desejável é que ela fique o mais próximo possível da taxa de eficácia encontrada lá no início, durante os estudos.

E como a CoronaVac se encaixa nisso?

A vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan está justamente neste estágio de análise preliminar das pesquisas. Nos testes de fase 3, 85 voluntários do grupo vacinado e 167 do grupo placebo tiveram a covid-19. Esses números revelam, portanto, uma taxa de eficácia de 50,38%.

No trabalho do Butantan, os casos foram divididos de acordo com a sua gravidade: desde aqueles muito leves, que não requerem nenhum cuidado, até os mais graves, que exigem internação em unidade de terapia intensiva (UTI).

Outra observação importante da pesquisa foi que a CoronaVac se mostrou capaz de evitar os quadros moderados ou graves da infecção pelo coronavírus.

Pelas informações disponíveis até o momento, houve uma redução de 78% nos casos leves, que necessitam de algum tipo de assistência médica. Do ponto de vista de saúde pública, os especialistas acreditam que isso pode ter um enorme impacto.

Afinal, uma redução da taxa de internações (e, por consequência, de óbitos) pode representar um alívio imenso durante uma pandemia. Já de uma perspectiva individual, os dados da CoronaVac indicam que ela teria a capacidade de transformar uma doença potencialmente fatal numa infecção mais branda e fácil de ser manejada.

E isso, como você verá a seguir, é um racional que se aplica a diversas outras vacinas que já temos disponíveis contra outras doenças.

Número baixo, efeito bom

Existe uma série de outras vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunização cuja eficácia não chega nem perto dos 90%.

As vacinas que protegem contra rotavírus, influenza, coqueluche e catapora são exemplos disso.

Ballalai lembra que o rotavírus, agente que afeta o intestino e provoca diarreia, era um verdadeiro pesadelo no Brasil. “Não tinha uma criança que chegava aos dois anos de vida sem ter sofrido ao menos um episódio dessa infecção”, relata.

A vacina, disponibilizada no país a partir de 2006, modificou totalmente esse cenário. Hoje em dia, os surtos são muito raros no país.

Detalhe: a eficácia da vacina contra o rotavírus fica entre 40 e 50%. “No entanto, ela tem a capacidade de evitar os quadros graves da doença, que podem levar a hospitalização e até a morte”, completa a médica

O mesmo se aplica a outros imunizantes, como aqueles que protegem contra influenza, coqueluche e catapora.  

No caso da campanha contra gripe, a formulação da vacina muda a cada nova temporada, de acordo com as cepas do vírus que estão em maior circulação naquele outono/inverno.

Em alguns anos, a taxa de eficácia das doses usadas nas campanhas anuais nem alcança os 40% (em anos “bons”, varia entre 60 e 90%).

 Porém, ao evitar o agravamento do quadro, especialmente em grupos vulneráveis como os idosos, uma estratégia de vacinação ampla contra o influenza impede que a doença mate muita gente e tenha impacto grande demais para a capacidade do sistema de saúde.

  Claro que há outras vacinas cuja taxa de eficácia ultrapassa os 90%. É o caso daquelas que protegem contra a hepatite A, a hepatite B, o HPV, a febre amarela e a poliomielite

  Mas elas também dependem de uma boa cobertura vacinal (a proporção do público-alvo que tomou suas doses) para evitar que o agente infeccioso continue circulando no país ou em determinada comunidade.

E as outras vacinas contra a covid-19?

 O anúncio de uma eficácia de cerca de 50,4% feito pelo Instituto Butantan pode até parecer frustrante num primeiro momento – ainda mais depois de toda a confusão com a divulgação do dado e a comparação inevitável com outras concorrentes, como Pfizer (95% de eficácia), Moderna (94%), Sputnik V (90%) e AstraZeneca/Oxford (62 a 90%).

  Apesar disso, especialistas garantem que o número mais baixo não significa que a CoronaVac seja menos valiosa ou possa ser descartada no atual momento.

“Além disso, ninguém olhou com tanto detalhe para as outras vacinas como estão fazendo agora com o Instituto Butantan. No caso de Pfizer, Moderna, Oxford/AstraZeneca, só sabemos da eficácia geral. Não podemos deixar que a politização sobre esses dados crie uma desconfiança na população”, critica Ballalai

Vale dizer que a CoronaVac, além de se mostrar bastante segura e não provocar efeitos colaterais dignos de nota até o momento, apresenta alguns benefícios do ponto de vista operacional e logístico. Ela é mais barata, está sendo produzida no Brasil e não precisa de armazenamento em temperaturas baixíssimas.

Isso significa que a disponibilidade de suas doses aos brasileiros parece estar muito mais próxima da realidade – e isso teria um benefício mais imediato no enfrentamento da pandemia.

O médico Marcio Sommer Bittencourt, do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, resumiu a questão em uma série de postagens no Twitter. “Sendo simplista, se vacinar 1 milhão [de pessoa com vacina que reduz 95%, o máximo que você protegeu foi 950 mil pessoas. Se vacinar 200 milhões com uma vacina que reduz 50%, você protege até 100 milhões de pessoas”.

Os dados da análise preliminar da CoronaVac foram enviados para a Anvisa na última sexta-feira (8/01). A agência deve dar um veredicto sobre seu uso no Brasil nos próximos dias.

(Fonte: Uol)

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