produtividade – Playcipa https://playcipa.com.br Segurança e Saúde Ocupacional Fri, 05 Feb 2021 22:07:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://playcipa.com.br/wp-content/uploads/2022/07/logo-fundo-branco-removido-84x84.png produtividade – Playcipa https://playcipa.com.br 32 32 Bons Higienistas Ocupacionais ganham mais espaço nas empresas https://playcipa.com.br/bom-higienistas-ocupacionais-ganham-mais-espaco-nas-empresas/ https://playcipa.com.br/bom-higienistas-ocupacionais-ganham-mais-espaco-nas-empresas/#respond Fri, 05 Feb 2021 22:07:48 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1504 Não é todo dia que ouvimos falar sobre higiene ocupacional, mas essa ciência tem sido cada vez mais demandada pelos setores público e privado. Em linhas gerais, ela busca evitar a exposição dos trabalhadores a agentes físicos, químicos ou biológicos que possam prejudicar sua saúde.

Os profissionais da área, os higienistas ocupacionais, vêm de diferentes formações e congregam diversas expertises. O foco, no entanto, é um só: antecipar, reconhecer, avaliar e controlar as condições e locais de trabalho para que a produtividade caminhe junto com o bem-estar.

“As empresas hoje entendem que a doença provoca um enorme impacto não só em seus resultados financeiros como também em sua imagem perante a sociedade”, afirma Luiz Carlos De Miranda Junior, professor da Universidade Estadual de Campinas e presidente da Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO). “É natural, portanto, que procurem fazer o possível para que seus funcionários não adoeçam, e que apelem à higiene ocupacional para ajudá-las nessa tarefa”.

Para ele, a pandemia, embora tenha interrompido uma série de projetos para os quais os higienistas ocupacionais seriam requisitados, serviu também para mostrar que, sem informação de qualidade e com base científica, é impossível proteger a população de um vírus novo e agressivo como o coronavírus. “A rapidez com que a informação é compartilhada na sociedade hoje em dia foi fundamental para enfrentarmos uma situação nova é caótica. Mas tem o lado negativo, a desinformação, tão difícil de combater e que vem tanto de leigos como de autoridades”.

A que se dedica essa ciência e quais são as principais responsabilidades dos profissionais da área?

Higiene está ligada à questão da salubridade e à preservação da saúde das pessoas. Já ocupacional se refere, especificamente, ao trabalho. Juntando essas duas palavras, temos o objetivo da atividade: preservar a saúde das pessoas no ambiente do trabalho.

Os higienistas ocupacionais buscam estudar e gerenciar a exposição dos trabalhadores a agentes físicos (como ruído ou calor), químicos (como substâncias químicas) e biológicos (todo e qualquer patógeno), considerando ainda o impacto para o meio ambiente e para a comunidade. Fazem isso a partir de iniciativas diversas, de antecipação e reconhecimento a avaliação e controle.

A pandemia modificou a forma como vivemos e trabalhamos. Para os higienistas profissionais, o que mudou do ano passado para cá?

O impacto foi grande. A nossa atuação requer reconhecimento do local de trabalho, o pressuposto é você esteja nesse ambiente, in loco, levantando e avaliando riscos. Ainda que atividades essenciais não tenham sido interrompidas, grande parte das empresas concedeu home office para as áreas comerciais e administrativas, por exemplo, o que, diga-se, foi extremamente salutar. Ademais, a postergação de uma série de novos projetos significou uma baixa na demanda por higienistas ocupacionais.

Por outro lado, 2020 serviu para utilizarmos plataformas, tanto de mídias sociais como de ensino à distância, para compartilhar informações sobre a higiene ocupacional, inclusive no que diz respeito à prevenção ao coronavírus – da importância do uso de máscaras ou de equipamentos de proteção individual a questões de ventilação industrial.

Vale destacar, por fim, que nossos colegas que trabalham em hospitais tiveram os meses mais ocupados de suas vidas. Estão no olho do furacão, contribuindo como podem, pois hospitais são os locais com maior possibilidade de contágio.

Que mudanças nos últimos anos, tanto em termos legais como de novas práticas, você destacaria nesse campo?

O ser humano aprende pelo amor e pela dor. Na história das organizações, no que diz respeito à prevenção de acidentes, a gente muitas vezes aprendeu pela dor. Ao longo das últimas décadas, grandes acidentes levaram a sociedade a se preocupar com riscos físicos, químicos e biológicos, com as condições de segurança no trabalho. Um exemplo clássico é o do acidente nuclear de Chernobil.

Em termos legais, recentemente foi elaborado um novo texto para a Norma Regulamentadora 1 (NR 1), que deve entrar em vigor em agosto. Ele atualiza de maneira interessante questões de riscos ocupacionais, englobando cuidados que antes não eram abordados ou estavam presentes em outras normas. Com a nova NR 1, as empresas terão que ser ainda mais eficientes em reconhecer, avaliar e implementar medidas de controle e de segurança.

Quais são as expectativas para 2021?

A principal diz respeito justamente à NR 1, mas há também outras normas em revisão, como a NR 7, NR 9 e NR 10. Mesmo com a pandemia, os grupos de trabalho não pararam, o que tornou 2020 frutífero para atualização dos textos regulamentadores. Os profissionais da área estão ansiosos por essas modificações e já estão se preparando para elas.

A outra expectativa, como não poderia deixar de ser, é quanto ao controle dessa pandemia. Temos esperança de que a vacina inverta essa curva de contágio e consigamos voltar, aos poucos à normalidade, sem descuidar, claro, de todas medidas necessárias de prevenção.

Fonte: Revista Cipa

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Três importantes questões ergonômicas da atualidade https://playcipa.com.br/tres-importantes-questoes-ergonomicas-da-atualidade/ https://playcipa.com.br/tres-importantes-questoes-ergonomicas-da-atualidade/#respond Tue, 02 Feb 2021 14:23:34 +0000 https://playcipa.com.br/?p=1494 ergonomia é é uma ciência que busca entender a relação do homem com as condições de trabalho, conhecida como o estudo da relação entre o homem e o seu ambiente laboral, podemos dizer que a ergonomia no trabalho oferece ao indivíduo o conforto adequado e os métodos de prevenção de acidentes e de patologias especificas para cada tipo de atividade executada.

O trabalho está sempre mudando e, assim, a ergonomia tem que estar sempre evoluindo, de forma a se obter o trinômio da boa produtividade, com conforto e segurança. Desde 2010 esse desafio tem algumas facetas novas, acentuado ainda mais pela pandemia. Vamos abordar três aspectos bastante atuais.

1 – Tecnologias moderníssimas e seu impacto

O convívio com as denominadas Tecnologias 4.0 já vinha ocorrendo no Brasil desde 2015, algumas um pouco antes: internet das coisas, computação na nuvem, cybersegurança, integração de sistemas e máquinas, realidade virtual, realidade aumentada, simulação de processos em computador, impressoras 3D, robôs colaborativos, uso de big data e os (ainda incipientes) sistemas tecnológicos inteligentes, também denominados IA- Inteligência Artificial).

Essas tecnologias têm contribuído para melhorar as condições ergonômicas: redução dos esforços e posições forçadas – pelos robôs colaborativos; redução de carga mental em atividades de processamento de dados administrativos – pelo estabelecimento de rotinas em computador; simulações melhorando a confiabilidade e a capacitação dos operadores; simuladores na operação de máquinas complexas, facilitando o aprendizado antes de operá-las na situação real de trabalho; simulação de plantas industriais, ainda na fase de projeto, aperfeiçoando a ergonomia dos postos de trabalho; redução de interrupções no processo (cuja correção costuma ser feita em posições muito forçadas do corpo ou sob temperaturas extremas) pela melhoria da manutenção preditiva; e projetos tridimensionais em tablets em montagens complexas.

Por outro lado, essas novíssimas tecnologias passaram a demandar dos trabalhadores um grande esforço adaptativo, pela necessidade de sempre aprender cada vez mais e em cada vez menos tempo, uma vez que a competência passou a se tornar obsoleta rapidamente. Outro grande ponto de sobrecarga tem sido para os trabalhadores das empresas de tecnologia encarregados de fazerem as tecnologias 4.0 “rodar” adequadamente: é esperado que eles tenham a tríade do transtorno mental visto que seu trabalho está sendo intenso, denso e tenso, uma vez que dois dos pilares da Tecnologia 4.0 são a segurança das informações e a conectividade de sistemas (esses elementos não podem falhar). E daí vem as jornadas de trabalho irregulares, teletrabalho e disponibilidade para atender a emergências a qualquer hora do dia ou da noite.

Também os gestores estão desafiados a apresentar um novo perfil de capacitação: habilidade conceitual enorme para lidar com as muitas variáveis, associada à habilitação técnica profunda para entender e gerenciar os diversos contratos com empresas de Tecnologia 4.0.

2 – SARS-CoV-2 como acelerador do futuro

Pelo menos em quatro áreas, o SAR-S-CoV-2 precipitou mudanças irreversíveis na forma de se trabalhar: no teletrabalho, nas viagens de negócios, no ensino e na telemedicina.

O teletrabalho, imposto de forma súbita, “na marra”, especialmente na sua forma mais frequente (home office), trouxe uma série de problemas já conhecidos e outros ainda por conhecer, desde as péssimas condições do posto de trabalho em casa até as dificuldades de lidar com as interferências e com o cuidado dos filhos, não esquecendo do isolamento social. Um aspecto muito sutil foi a transferência da responsabilidade de solução de conflitos para o próprio usuário, na sua casa. Se há perda no aspecto do coletivo do trabalho, há ganhos importantes na redução dos tempos de deslocamento. Provavelmente o futuro será caracterizado pela fórmula mista 4×1 (quatro dias em casa e um dia no escritório) ou 3×2 (três dias em casa e dois dias no escritório).

O turismo de negócios tampouco será o mesmo daqui para a frente. Embora as feiras e grandes eventos sejam mantidos após o controle da pandemia, com o uso dos aplicativos de videoconferência, as viagens curtas para solução de problemas serão muito reduzidas, com diminuição importante da fadiga.

Na educação, o ensino a distância veio para ficar e sinaliza-se, de hoje em diante, a era dos cursos semipresenciais, ficando a parte presencial para as aulas práticas. Impactos para o aprendizado? Sim, positivos e negativos. Impacto para os professores? Também positivos e negativos. Positivo quanto ao menor desgaste de voz em salas de aula com ar refrigerado e no deslocamento. Negativo com o comprometimento de um dos fatores mais importantes da qualidade de vida de professores engajados: a perda do contato com os alunos e a consequente redução do aprendizado pela reciprocidade.

Na telemedicina, as alternativas são inúmeras e não cabe aqui defini-las, a não ser dizer que não há como tentar barrar revoluções. E essa é uma delas.

3 – Mudanças nas relações de trabalho em novas profissões

Em 2016, Rosamond Hutt e Rachel Hallet (apud Melamed*) já relatavam uma série de profissões novas muito demandadas: desenvolvedor de apps, gerenciador de mídia sociais, motorista de carros por aplicativos, engenheiros de veículos autônomos, especialista computacional de dados em nuvem, analista de big data (cientista de dados), gerente de sustentabilidade, criadores de conteúdo para YouTube, operadores de drones e especialistas de recursos humanos com foco na geração milenial. Também falavam de novos trabalhos, já reais, mas ainda raros: fabricantes de partes do corpo, nano-médicos, farmacêuticos e agrotécnicos para gado geneticamente modificado e para plantas geneticamente modificadas, consultores em bem-estar para pessoas de terceira idade, policiais para fiscalizar técnicas de modificação das condições meteorológicas, advogados virtuais, advogados de crimes cibernéticos e comunicadores personalizados.

O que há de comum na quase totalidade dessas novas profissões? É a mudança na relação de trabalho, geralmente fora de uma relação tradicional de emprego, aquela das oito horas diárias e de segunda a sexta. A flexibilidade aumenta (o que é bom sob o ponto de vista de ergonomia), mas a demanda por trabalho IDT (Intenso, Denso e Tenso) também pode estar presente, com o risco de adoecimento mental. Também a cobertura da ação ergonômica fica prejudicada, uma vez que tira do empregador (inexistente na maioria das vezes) a responsabilidade da melhoria, ficando o próprio indivíduo com esse encargo.

PAPEL DO ERGONOMISTA

É necessário estar agora em duas vertentes. Sem abandonar as demandas físicas e mentais do trabalho nos espaços produtivos, é necessário engajar-se em uma nova forma de trabalhar, aprimorando o papel de “ergo-coach” do trabalhador, ensinando ergonomia in loco, na nova realidade de trabalho, em muitos casos, à distância, com atenção especial à saúde mental. Qual é a ferramenta para isso? É o tradicional censo de ergonomia, com a pergunta básica: o que você tem no seu trabalho que lhe causa desconforto, dificuldade, fadiga, dolorimento, dor, ou risco de acidente? Tentando ajudar o trabalhador no processo de superação dessas dificuldades.


(Fonte: Revista Proteção)

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